JOSÉ DO
PATROCÍNIO BARRA, natural de Apodi-RN,
nascido em 20 de agosto de 1882 e faleceu no dia 30 de agosto de 1942, filho do
Tenente Coronel da Ribeira do Apodi, José de Sousa Barra e de Maria
Egidia da Conceição. Casou-se com Antônia Mafalda do Patrocínio, pai dos
seguintes filhos:
1° JOANA
DE FRETAS
2° RAMIRO
PAULO DO PATROCÍNIO
3° JOSÉ
DO PATROCÍNIO BARRA
José do
Patrocínio foi funcionário publico federal, advogado prático e professor,
como também foi um homem de grande projeção política na região. Em 1937
foi eleito vereador na cidade de Apodi.
Na intimidade conhecido por
ZEZINHO, tinha grande afeição pela leitura, mesmo sendo menino pobre e
residindo numa região oferecendo as mínimas oportunidades culturais, mesmo
assim iniciou sua luta para adquirir livros que somente eram encontrados nos
grandes centros e privilégios de ricos;
Teve o desejo de ver aprimorado
seus conhecimentos, e poder um dia habilitado para servir ao seu povo, na
solução de seus problemas que conhecia tão bem como as palhas dos carnaubais
que viram nascer.
Incansável lutador como todo
sertanejo, não mediu esforços para um dia ser reconhecido pela Ordem dos
Advogados do Brasil como capacitado a exercer todos os direitos inerentes aos
advogados, recebendo da mesma o titulo de provisionador, que aquela época
chamava de rábula. Exerceu sempre com brilho que conseguiu com tanto
sacrifício, em inúmeras comarcas de no nosso interior e de Estados vizinhos;
A respeito dele referiu-se certa
ocasião o escritor Raimundo Nonato da Silva num de seus livros
A notoriedade do rábula de Passagem
Funda costumava dizer o Dr. José Emerenciano, Juiz de Direito do Apodi que com
Zé do Patrocínio, advogado, Dr. De Faculdade só se mete com ele pra levar pau
na cabeça, pois aquele homem em matéria de direito sabe até onde moram os
pebas.
Como incansável aprimorou seus
estudos nos difíceis mistérios das ciências médicas, e mesmo com precários
conhecimentos de medicina conseguiu ele amenizar nos lares mais humildes de
nossas várzeas e caatingas, o sofrimento da dor que parava sobre nossos semelhantes, totalmente
desassistidos pelos órgãos públicos da época.
No setor de educação. Onde como
professor e inspetor de ensino no seu trabalho transmitindo os conhecimentos
como uma tentativa de erradicação do
analfabetismo e aprimoramento da cultura indispensável à formação e
engrandecimento de um povo.
Viu-se. Por fim, forçado, dado as contingências da falta de uma voz, que
fizesse chegar até os poderes públicos o brado daquela gente bastante sofrida,
mas acima de tudo humana, ele aí não relutou em trocar a sua vida pacata de
homem do sertão por uma tribuna onde
pudesse mais uma vez lutar por melhores condições para aquele desassistido da
sorte.
Assim iniciou sua vida política
ainda bastante jovem, mas o suficiente para desempenha-la com honra, dinamismo
e coragem e árdua longa caminhada na vida pública foi galgada com imensos
sacrifícios dada as perseguições e ameaças reinantes naqueles tempos, mesmo
Assis, após cumprir com seu dever.
Faleceu aos sessenta anos de idade,
num leito cercado por amigos e familiares, coma convicção de haver desempenhado
nesta morada um papel relevante para sua pátria, reconhecido e retribuído por
seu povo que em nenhuma só vez deixou que a ele fosse dado saborear um
desprazer de uma derrota.
Deixou a vida, porém ficou gravado
em nossos corações um exemplo para ser dada a nova geração de que o homem nunca
foi um produto do medo, como nos ensina o principio sociológico, mas sem um
fruto de seu trabalho de sua perseverança, guiados pela sua capacidade.
FONTE – ESCOLA ESTADUAL JOSÉ DO PATROCÍNIO
BARRA, ATRAVÉS DE UM PÓSTER EXPOSTO NO
INTERIOR DA ESCOLA E DE GERALDO FERNANDES, HISTORIADOR E PESQUISADOR DE
FELIPE GUERRA
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